Não resta nenhuma dúvida que todos os avós dedicam um aconchego inigualável aos seus netos e, certamente, com relação ao citado casal não poderia ser diferente, principalmente com Fernando Henrique, recém chegado de Sorocaba - SP, onde nasceu e residia há doze anos, tendo vindo morar em Juru juntamente com os seus pais há pouco tempo.
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Porém, não bastava apenas o atendimento imediato do médico, precisava, sim, de uma ambulância ou de outro carro qualquer para socorrer a criança, pois a mesma corria sérios riscos de perder os dedos atingidos no acidente por conta dos nervos comprometidos se não fosse imediatamente socorrida. E isso o Dr. Messias advertiu quando a atendeu.
Embora não tivesse alguma ambulância no momento para tal fim, outro carro destinado para atendimento da área da saúde tinha, sim. Aliás, o mesmo carro guiado pelo motorista que foi pegar Fernando Henrique no Sítio Jorge, onde o mesmo foi acidentado.
Só não dá para entender porque quando o médico falou da necessidade de socorrer o menino imediatamente para Patos - segundo afirmações da inconformada avó e do atordoado pai, que acompanharam todo o sofrimento da criança -, "o referido motorista do mesmo carro que a socorreu no primeiro instante engatou uma marcha a ré e 'saiu de mansinho' com o citado veículo da frente do hospital para lugar incerto e não sabido".
O pai, Leonildo Eufrásio, desesperado, vendo o sofrimento do filho, não conseguia conter os seus impulsos de sentimento de revolta. Enquanto isso, os responsáveis pela autorização de viagens - que não são poucos, diga-se de passagem -, alegavam que havia carro mais faltavam motoristas. Segundo informações, foram, portanto, duas horas ou mais de espera e sofrimento do menino - e também dos seus familiares que, indefesos, assistiam a inexplicável omissão de socorro.
Por sorte, um anjo guiou, enfim, Da Guia Eufrásio e esta autorizou Rodolfo de Divani a fazer a viagem a Patos, responsabilizando-se a mesma por qualquer reclamação que por (des)ventura houvesse depois, já que o mesmo dizia não ter autorização para dirigir carros do setor da saúde.
TARDE DEMAIS: O menino Fernando Henrique teve dois dedos do pé esquerdo amputados porque não foi socorrido no tempo certo - disse o médico que o atendeu no Hospital Regional de Patos, tendo o mesmo, inclusive, orientado os familiares da criança que estes poderiam representar judicialmente os responsáveis pela omissão de socorro, se assim quisessem.
FONTE: www.juruemdestaque.com
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