SERÁ QUE O BOLSA FAMÍLIA TEM HAVER COM TUDO ISSO?
Na comparação com outubro de 2012, foi um aumento de 3,5%, significando mais 623 mil pessoas que não trabalham nem estão à procura de emprego.
Segundo Adriana, o subgrupo dos que estão no desalento, aqueles que após muita procura de empregro desistiram da busca, vêm diminuindo. Para ela, resta saber ainda, com futuras pesquisas, para onde essa população vai migrar: se vai tentar a volta ao mercado ou engrossar o grupo dos que não trabalhariam nem que houvesse chance. Ela também não tem explicações para o comportamento desse grupo.
"Os números efetivos do desalento estão reduzindo. As pessoas que perderam a expectativa de conseguir uma vaga no mercado têm diminuido. O que aumenta são pessoas que não trabalham nem gostariam, talvez por condições econômicas", diz ela.
Nesse grupo podem ser consideradas mlheres que optaram por assumir o papel de dona de casa de forma integral, estudantes, pessoas que se preparam para concursos públicos, por exemplo.
Mercado estável
O recuo na taxa de desemprego em outubro, de 5,2% ante os 5,4% registrado em setembro, configuram um cenário de mercado de trabalho estável, Adriana.
Ela explicou que todos os ramos de atividades mostraram quadro estável também com exceção do comércio que mostra tendência de alta com 164 mil novos trabalhadores no setor em outubro. Mas a técnica diz que esse aumento ainda não pode ser atribuído às contratações de temporários para o Natal, o que só poderá ser confirmado após as pesquisas de novembro e dezembro.
A indústria continua demitindo, mas em grau ainda não relevante em termos estatísticos, segundo Adriana. O segmento demitiu 90 mil em outubro, com queda também no rendimento médio, de 0,6%, na comparação com a renda registrada em setembro. Segundo Adriana, a ocupação na média da indústria nos dez primeiros meses de 2012 foi de 0,2%; já a mesma média em 2013 ficou em 0%.
"A indústria não está gerando postos. A indústria efetivamente teria que estar ofertando produtos para o comércio, se formos nos basear apenas no efetio calendário, com a proximidade do Natal. A indústria não reprisa comportamentos anteriores, mas não temos como avaliar o impacto na empregabilidade. O comércio e os serviços têm absorvido grande parcela de trabalhadores", disse Adriana.
G1
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