Por causa da greve dos carteiros, mais de 1 milhão de correspondências estão acumuladas na Paraíba, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Correios e Telégrafos (Sintect-PB). Mesmo com 30% do quadro efetivo trabalhando, a paralisação está afetando a entrega de faturas e objetos. Não há novas propostas por parte da ECT e de acordo com o Sintect-PB, cerca de 70% dos trabalhadores já aderiram à greve.
“Estamos dando prioridade na entrega de objetos indispensáveis, como medicamentos, por exemplo. Mas, o acúmulo de correspondências na Paraíba vai desde faturas até objetos grandes, como computadores. Isso sem contar no total de correspondências de paraibanos que estão ainda parados na Central de Distribuição em Recife”, disse o diretor financeiro do Sintect-PB, Husmam Tavares.
Husmam afirmou ainda que estão sendo realizadas assembléias diárias, mas, até agora, nenhuma nova proposta foi apresentada pela ECT. “Não há nada de novo, infelizmente. No entanto, estamos aumentando a adesão à paralisação, principalmente em municípios pequenos. Nesta semana, cidades como Pilõezinhos, que só possui um carteiro, aderiram à greve. Isso fortalece o movimento e pressiona a Empresa a atender nossas reivindicações”, pontuou.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da ECT, o relatório diário de acompanhamento de carga rebate a informação do Sintact-PB e afirma que 542 mil objetos se encontram parados nos centros de distribuição. Deste total, 96% são objetos simples, ou seja, objetos sem o código identificador para rastreamento. As encomendas Sedex e PAC representam apenas 1% deste percentual. Segundo a ECT, a adesão também é menor: o percentual de carteiros ausentes é de 60%.
Na última semana, os Correios ingressaram com uma ação cautelar preparatória junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) solicitando a suspensão da paralisação. O TST concedeu liminar garantindo 40% de efetivo mínimo em cada unidade sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Fonte: Jornal Correio da PB
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