Autor do livro A Cabeça do Eleitor, o pesquisador e cientista político Alberto Carlos Almeida, afirma que um governo com aprovação (soma de ótimo e bom) abaixo de 50%, a derrota é praticamente certa. A afirmação é fruto de um levantamento realizando em duas eleições, cruzando os dados de 39 pesquisas de opinião e resultados eleitorais.
“Quando a soma de “ótimo” e de “bom” de um governo fica acima de 45%-50%, o cenário é de eleição governista e o favorito é sempre o candidato do governo. Quando a soma de “ótimo” e “bom” fica abaixo de 40%, a situação é favorável à oposição, como aconteceu em mais de 40 eleições já analisadas. Quanto mais abaixo de 40%, pior é a situação do governo”, afirma Alberto Carlos Almeida.
A tabela abaixo, com poucas exceções, confirma a teoria:
A teoria apresentada pelo cientista político faz sentido, tornando o resultado eleitoral previsível em 95% dos casos. Analisando a aprovação de governo de Ricardo Coutinho, que na soma de ótimo e bom alcança apenas 39%, é possível prever que a derrota é quase certa.
O mais otimista pode dizer que a aprovação de governo vai aumentar quando começar a propaganda eleitoral na TV. Só que o governo já faz propaganda na TV, há vários anos, e de forma intensa. Na verdade, a aprovação de RC deve cair durante a campanha, pois haverá o contraponto à propaganda do governo, em grande parte enganosa.
O jogo midiático está desequilibrado, tendo o governador RC em vantagem. A caneta do governo tem calado boa parte da mídia. Pela lógica, quando a disputa na TV ficar mais equilibrada, a aprovação de governo deve cair mais ainda.
Outro fator negativo que ainda não foi avaliado nas pesquisas é a demissão em massa de milhares de funcionários comissionados do Governo do Estado. Tudo leva a crer que a medida impopular vai refletir na rejeição de Ricardo e na avaliação do seu governo.
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