A promotora de Justiça do Primeiro
Tribunal do Júri da Capital, Artemise Leal, revelou que o homem apontado
pela Polícia Civil da Paraíba como suspeito de ser o mandante da morte
da estudante Rebeca Cristina, 15 anos, em 2011, foi o padrasto.
A mãe de Rebeca disse que o DNA de um
policial militar foi coletado na quinta-feira (16), ou seja, um novo
suspeito investigado no caso.
“Faltam elementos e provas que liguem
ele [padrasto] ao executor. O suspeito nega o planejamento da morte da
estudante. Não posso fazer a denúncia sem ligações contundentes da
participação dele no assassinato da garota”, disse a promotora.
A promotora ressaltou que, quatro anos
depois da morte da adolescente, a Polícia ainda não teve êxito em
descobrir o executor do crime mesmo possuindo o perfil genético, através
do exame de DNA. Artemise Leal destaca ainda que requisitou novas
diligências investigatórias com o intuito de fortalecer os indícios de
autoria em relação aos investigados no caso.
Nessa quinta (16), o suspeito de ser o
mandante da morte da estudante foi ouvido pelo delegado Glauber Fontes,
que investiga o crime. O depoimento do homem foi colhido na sede do
Grupo de Operações Especiais (GOE), em João Pessoa, em cumprimento
diligências requisitadas pelo Ministério Público Estadual, através da
promotora Artemise Leal. Ela revelou que o objetivo dessas diligências é
trazer mais indícios do envolvimento do padastro de Rebeca no crime,
depois que teve o pedido de prisão preventiva nega.
O padastro e Rebeca em entrevista, no
início da tarde desta quinta, a rádio Correio 98 FM de João Pessoa,
disse que parabenizava a polícia pelo trabalho realizado, afirmando que
dentro de oito dias o caso vai ter novidades.
"Não falo sobre a investigação.
Aguarde oito dias e a gente conversa depois. Isso prova que a polícia
está trabalhando e não está de braços cruzados. Recebo com muita alegria
e satisfação o mandado de prisão contra mim. Eu sou inocente", disse o
padrasto.
Já coronel da Polícia Militar, Lívio
Delgado, confirmou que uma nova sindicância foi aberta na quinta-feira
para ouvir todos os suspeitos citados no processo.
"Foi aberta uma nova sindicância e
temos 20 dias, prorrogáveis, para ouvir novamente todos os citados no
inquérito. Temos que ter bastante responsabilidade e aguardar o
desenrolar e o desfecho disso tudo. Vamos aguardar a chegada de novos
fatos, ouvir, averiguar e apresentar a conclusão da nossa sindicância.
Espero que esse caso seja desvendado para que o real suspeito seja
apresentado à sociedade. Mas, da forma como a promotora falou tem que
ter provas e conclusões. Para à Justiça o que vale são as conclusões e
as provas", falou o coronel Lívio.
Mãe de Rebeca pede medida protetiva e
chama esposo de "psicopata": O coronel Lívio Delgado entrou em contato
com a mãe de Rebeca, dona Cristina, que aprovetou a ligação do oficial
da PM para pedir proteção policial. A mãe de Rebeca pediu também para
que o seu esposo saísse de casa. Ela foi orientada pelo coronel a ir na
Delegacia da Mulher e solicitar uma medida protetiva. Segundo coronel
Lívio, o padrasto de Rebeca vai sair de casa e morar no 1º Batalhão da
Polícia Militar, onde ele é lotado".
Após a ligação do coronel, a mãe de Rebeca confidenciou que tem a certeza da participação do seu esposo no caso.
"Ele é um psicopata. Ele não estuprou
mas tenho certeza que ele participou [do crime], porque Rebeca não iria
entrar em um carro ou subir em uma moto de um desconhecido", afirmou a
mãe de Rebeca.
Promotora do Ministério Público manda Polícia Civil ouvir suspeito de ser o mandante da morte da esdutante Rebeca
Cumprindo mais diligências requisitadas
pelo Ministério Público, a Polícia Civil da Paraíba ouviu nessa
quinta-feira (16) o suspeito de ser o mandante do crime. De acordo com a
promotora de Justiça do 1º Tribunal do Júri da Capital, Artemise Leal, o
objetivo dessas diligências é trazer mais indícios do envolvimento dele
no crime. De acordo com a promotora, o Código Penal determina que precisa haver uma ligação entre o autor intelectual e o executor do crime para a denúncia ser feita. “Eu só posso fazer a denúncia caso a polícia apresente alguma prova que ligue o mandante ao executor ou alguma prova mostrando uma ameaça dele à vítima, por exemplo, senão a polícia estará elegendo uma pessoa”, disse.
A promotora ressalta que, quatro anos depois da morte da adolescente, a Polícia ainda não teve êxito em descobrir o executor do crime mesmo possuindo o perfil genético, através do exame de DNA.
Artemise Leal destaca ainda que requisitou novas a realização de mais algumas diligências investigatórias com o intuito de fortalecer os indícios de autoria em relação aos investigados no caso.
A estudante Rebeca Cristina, de 15 anos, foi encontrada morta com vários tiros na cabeça na tarde do dia 11 de julho de 2011, na Praia de Jacarapé, em João Pessoa. Ela teria saído de casa às 7h para assistir aula no Colégio da Polícia Militar, como fazia todas as manhãs, quando foi raptada. Por volta das 12h30, a mãe sentiu falta da menina, pois ela não havia retornado da aula para casa, no Bairro de Mangabeira, Zona Sul da capital paraibana.
Fonte: Paraiba Noticia
Nenhum comentário:
Postar um comentário