A filha do advogado Hélio Bicudo, Maria Lúcia Bicudo, apresentou à Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (17), na companhia do jurista Miguel Reale Júnior, complementos ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff protocolado em 1º de setembro pelo pai, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores.
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia concedido prazo de dez dias para que Bicudo adequasse seu requerimento de impeachment às regras formais da Casa.
Nesse meio tempo, Reale Júnior decidiu aderir ao pedido de impedimento da presidente da República. O jurista incluiu ao requerimento original dados que, segundo ele, reforçam as evidências de que Dilma cometeu crime de responsabilidade. Os complementos foram entregues em mãos ao presidente da Câmara.
Na visão de Reale Júnior, o país vive uma “ditadura da propina”. Reale Júnior citou como exemplos de sua tese o escândalo do mensalão do PT e as denúncias de corrupção na Petrobras.
“A ditadura da propina é aquela que corrói a democracia por dentro, que elimina a independência e a honradez desta Casa, através da compra de partidos políticos e apoio de deputados. É pior do que a ditadura dos fuzis. A ditadura dos fuzis se afronta e enfrenta diretamente. A outros precisa ser descoberta e foi descoberta, seja no mensalão ou no Petrolão”, enfatizou.
Ao receber o calhamaço de folhas das mãos do jurista Reale Júnior, o presidente da Câmara ressaltou que iria “fazer a análise no momento adequado”, sem dar prazo. O peemedebista destacou à imprensa que, antes de responder ao pedido de Hélio Bicudo, pretende apresentar sua resposta à questão de ordem formulada na última terça-feira (15) por parlamentares da oposição com questionamentos acerca da tramitação do processo de impeachment no Congresso.
Cunha não deu previsão de prazo para a análise da questão de ordem da oposição, mas disse que pediu que sua assessoria técnica prepare um parecer até a próxima segunda-feira (21). (G1)
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