Cassiano, mestre da soul music brasileira, morreu de pobreza e de abandono
Campina Grande não deu só muito forró ao Brasil.
Também deu soul music. A versão brasileira da soul music.
Foi lá que nasceu Cassiano (Genival Cassiano), que morreu nesta sexta-feira (07), numa UPA no Rio de Janeiro.
Tinha 77 anos.
A muita gente, o nome não dirá absolutamente nada.
Cassiano.
Quem é Cassiano?
Mas algumas das suas canções estão guardadas na memória afetiva sobretudo de quem consumiu música popular na década de 1970.
Quem não lembra de Primavera, na voz de Tim Maia?
E A Lua e Eu? “Mais um ano se passou…”.
E Coleção? “Sei que você gosta de brincar de amores…”.
Essas, cantadas pelo próprio autor, foram temas de novelas da Globo e fizeram muito sucesso.
Mas Cassiano parecia ser daqueles caras destinados ao insucesso.
As causas?
A indústria do disco?
Dificuldades de ordem pessoal?
Não sei.
O fato é que ele ficou à margem, viveu pobre, ainda que cultuado por muita gente, e sua morte não surpreende quem ouviu a sua música e se interessou pela sua figura.
Era uma morte há muito anunciada.
O compositor, referência da soul music brasileira, não tinha saúde. Enfrentava sérios problemas respiratórios. Só tinha um pulmão.
Não foi Covid a causa da morte, como noticiado no primeiro momento.
Foi pobreza, foram excessos, foi abandono.
É muito triste a história de Cassiano.
FONTE: JORNAL DA PARAÍBA.
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