Patrícia Abravanel no programa Vem Pra Cá, do SBT - Foto: Reprodução Três membros de uma igreja evangélica que ela frequenta foram falar e orar com a equipe do programa. |
Uma cena inédita chamou a atenção no SBT na tarde de sexta-feira (30). Após a transmissão do “Vem Pra Cá”, todos os membros da equipe, incluindo os da área técnica, produtores e editores, foram eliminados a descendente para a tenda onde é selecionado o programa para participar de uma oração.
A iniciativa do momento religioso foi de Patricia Abravanel, apresentadora do “Vem Pra Cá” e uma das donas do SBT. Três membros de uma igreja evangélica que ela frequenta foram falar e orar com a equipe do programa.
Segundo o relato de um funcionário do SBT que participou, ouvido pelo UOL , “ninguém foi obrigado a descer para o estúdio”. A intenção da apresentadora teria sido de, neste momento difícil, oferecer “um carinho” para a equipe, “uma simples oração”.
Segundo Gabriel de Oliveira, que relatou a cena, no site TV Pop, os religiosos pediram que as pessoas que estivessem enfermas “se apresentassem para que pudessem ser purificados”. Ainda segundo o relato do jornalista, “três funcionários com problemas de saúde se dissipar e foram alvos da invocação divina feita em pleno cenário do programa”.
O SBT nega que os três foram dispensados ainda na sexta-feira em função do ocorrido, como relatou o site. Segundo o canal, já estava programada a demissão de um desses funcionários no final do mês devido a uma necessidade de restruturação da equipe.
A diretoria do sindicato dos jornalistas profissionais no estado de São Paulo criticou a situação: “Relações de trabalho não envolvem religião. As pessoas têm direito à liberdade religiosa e não podem ser constrangidas por crenças vinculadas ao empregador”.
O sindicato dos radialistas no estado de São Paulo também se manifestou: “Vivemos em um país laico. A empresa deveria cuidar das pessoas que estão se infectando pelo novo coronavírus, inclusive com mortes de trabalhadores em São Paulo e no Rio de Janeiro”, disse o diretor coordenador Sérgio Ipoldo. “Vamos levantar junto aos trabalhadores e ver se cabe alguma denúncia ao Ministério Público ou órgãos sanitários”.
Procurei Patricia Abravanel no final da tarde de domingo. Caso ela responda, subordarei a sua versão no texto.
FONTE: AGORA RN
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