(Foto: Reprodução/TV Globo) |
O Fantástico, da Rede Globo, denunciou, na noite deste domingo (16), a “empurroterapia” – um esquema que pagava comissão para vendedores e gerentes de grande redes de farmácias venderem, de forma “forçada”, medicamentos ou produtos desnecessários, sem receita ou que geram tratamentos precoces sem evidência científica para clientes. Um dos casos mostrados aconteceu na Paraíba.
De acordo com a revista eletrônica, com acesso a um processo que consta na Justiça do Trabalho da Paraíba, trabalhadores da rede Pague Menos no estado fizeram parte do esquema de “empurroterapia” com um laboratório. A reportagem chegou a detalhar, com documentos, os valores que cada profissional ganharia de comissão por participar do acordo.
Gerentes chegavam a receber até R$ 5 mil caso atingissem a meta estabelecida pelo laboratório.
Os produtos que estavam no acordo da fabricante Gnano com profissionais paraibanos eram um creme antirrugas e outro anticelulite.
Veja os valores que cada profissional na Paraíba receberia pelo esquema:
- 90 vendedores de balcão – R$ 700
- 78 gerentes de loja – R$ 1 mil
- 10 gerentes regionais – R$ 4 mil
- 4 gerentes de operações – R$ 5 mil
Os valores seriam recebidos com a fabricante fornecendo um cartão de débito para eles gastarem os valores referentes às premiações.
A Rede Pague Menos disse que as premiações são direcionadas a performances em geral e não tem vínculo direto com a venda de medicamentos. “Prezando pelo respeito máximo à prescrição médica e qualquer atitude contrária a essa prática é totalmente condenável”, finaliza a empresa, em nota ao Fantástico.
Já a Gnano não se manifestou sobre o assunto.
Assista trecho da reportagem do Fantástico sobre “empurroterapia” na Paraíba
Confira a reportagem completa no site do Fantástico.
FONTE: PARAÍBA JÁ, créditos Fantástico.
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