RIO DE JANEIRO
Júlia Barbon
O presidente Jair Bolsonaro (PL) empatou tecnicamente
com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas intenções de
voto para os dois turnos no estado de São Paulo, segundo pesquisa
Quaest divulgada nesta quinta-feira (11). A preferência dos eleitores no atual mandatário no primeiro turno
oscilou de 32% para 35% em relação ao início de julho, enquanto o
petista permaneceu com 37%. A diferença entre eles, portanto,
diminuiu de 5 para 2 pontos percentuais, dentro da margem de erro.
O mesmo aconteceu no segundo turno, em que Bolsonaro variou de
37% para 40% e Lula, de 46% para 44%. A análise considera a pesquisa
estimulada, ou seja, em que os entrevistadores leem os nomes dos
concorrentes para o entrevistado.
Foram ouvidas 2.000 pessoas acima de 16 anos presencialmente de 5 a
8 de agosto, com margem de erro de 2,4 pontos percentuais.
O levantamento da Quaest é financiado pela corretora de
investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco
Genial, e foi registrado sob os números SP-05318/2022 e BR03964/2022.
A sondagem mostra que o crescimento de Bolsonaro entre os paulistas
desde o início do ano é generalizado, mas foi puxado principalmente
pelos homens. O presidente agora ultrapassou Lula nesse público fora
da margem de erro: tem 40%, contra 34% do rival.
O aumento também aparece entre a população de renda familiar mais
baixa (até 2 salários mínimos) e mais alta (mais de 5 salários), entre os
evangélicos (onde o mandatário tem 22 pontos de vantagem sobre o
petista) e entre os que recebem o Auxílio Brasil.
Nesse último grupo o presidente subiu de 20% para 29% no mês,
enquanto o petista oscilou negativamente de 54% para 51%, indicando
que o aumento do valor do benefício pelo governo pode estar surtido
efeito no cenário eleitoral nacional.
Já na corrida estadual, a situação é de estabilidade no primeiro turno,
de acordo com a Quaest. O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) segue à
frente na disputa marcando 34%, contra 14% de Tarcísio de Freitas
(Republicanos) e de Rodrigo Garcia (PSDB).
Considerando as pesquisas desde março, quando tinha 6%, o atual
governador cresce continuamente, talvez fruto de uma melhora na
avaliação de seu governo.
Os que o consideram regular subiram de
36% para 41%, e os que o avaliam como negativo oscilaram de 20%
para 17%.
No segundo turno, tanto Rodrigo quanto Tarcísio (candidato de
Bolsonaro) reduzem a distância para Haddad. O primeiro cresceu de
27% para 32% no último mês, contra os 41% estáveis do petista. O
segundo oscilou positivamente de 28% para 31%, ante 44% do exprefeito.
Ambos são desconhecidos por 7 em cada 10 eleitores do estado, mas,
por outro lado, o petista é muito conhecido e muito rejeitado. Rodrigo
tem como vantagem o fato de que a maior parcela do eleitorado
prefere que vença um candidato independente, sem aliança com Lula
ou Bolsonaro.
A pesquisa mostra ainda que o ex-governador Márcio França (PSB)
pode ter acertado na decisão de abrir mão da candidatura ao
Executivo. Ele tem 29% das intenções de voto ao Senado e larga
vantagem sobre o ex-ministro Marcos Pontes (PL), com 12%.
FONTE: UOL COM FOLHA DE SÃO PAULO
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