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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Atraso no pagamento do Auxílio Gás causa transtornos e indignação



O governo federal enfrentou duras críticas esta semana após atrasar o pagamento do Auxílio Gás, que deveria ter sido disponibilizado junto com o Bolsa Família no dia 10 deste mês, conforme o calendário original. Beneficiários com finais do NIS 1 e 2 foram surpreendidos ao sacar seus valores e constatar a ausência dos R$ 104,00 referentes ao auxílio, gerando superlotação nos setores do Cadastro Único e Bolsa Família nos municípios, que também foram pegos desprevenidos pela falta de informações.

Novo calendário de pagamento anunciado

Somente ontem, o governo anunciou um novo calendário de pagamento, dividido em datas que se estendem até 23 de dezembro. Confira as novas datas:

Final do NISData de PagamentoAcesso ao Benefício
1, 2 e 312/12 (quinta-feira)Plataforma Social
413/12 (sexta-feira)Conta bancária (Caixa Tem)
516/12 (segunda-feira)Conta bancária (Caixa Tem)
617/12 (terça-feira)Conta bancária (Caixa Tem)
718/12 (quarta-feira)Conta bancária (Caixa Tem)
819/12 (quinta-feira)Conta bancária (Caixa Tem)
920/12 (sexta-feira)Conta bancária (Caixa Tem)
023/12 (segunda-feira)Conta bancária (Caixa Tem)

Impactos e números alarmantes

O Auxílio Gás, que tem duração prevista até o final de 2026 e é pago a cada dois meses, atenderá em dezembro 5,49 milhões de famílias, com um gasto total de R$ 570,56 milhões. No entanto, este número está longe de contemplar a totalidade dos 20 milhões de beneficiários do Bolsa Família e ainda mais distante das 30,9 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único com renda mensal per capita de até meio salário mínimo, conforme dados de setembro de 2023.

Isso significa que apenas cerca de 18% das famílias inscritas no CadÚnico ou 27% dos beneficiários do Bolsa Família têm acesso ao Auxílio Gás. Esses números mostram a limitação do alcance do programa e expõem a desigualdade em sua distribuição, frustrando milhões de famílias que também se encontram em situação de vulnerabilidade e dependem de assistência governamental.

Falhas de comunicação e gestão

O atraso no pagamento e a falta de informações oficiais sobre a situação causaram caos nos municípios, com filas e reclamações nos setores de atendimento do Cadastro Único. Muitas famílias buscaram explicações que as prefeituras, também sem dados claros, não puderam fornecer.

Ao condicionar o auxílio a um número tão reduzido de beneficiários, o governo federal falha em atender uma parcela significativa da população vulnerável. Além disso, os atrasos frequentes no repasse e a má comunicação reforçam a percepção de descaso e desorganização.

Reflexos na credibilidade

Embora o governo federal justifique o programa como uma forma de garantir apoio para famílias em situação de extrema pobreza, os atrasos e as limitações de abrangência colocam em xeque sua efetividade. Promessas de inclusão e redução das desigualdades parecem cada vez mais distantes diante de números tão discrepantes e da frustração de milhões de famílias que não conseguem acessar o benefício.

Se o governo não corrigir esses problemas rapidamente, o Auxílio Gás poderá se tornar mais um símbolo de ineficiência, deixando de ser uma solução para os mais vulneráveis e se transformando em mais um motivo de indignação popular.

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